...surgiu, como se desintoxicar do homem errado, mas com o tempo mudou para "Como se desintoxicar da pessoa errada". Existem mulheres e homens intoxicados.Tanto as mulheres quanto os homens tem sua parcela de culpa por se intoxicarem pelas pessoas erradas, afinal, todos temos o livre arbítrio, temos como escolher, cada um tem a sua responsabilidade! Esse blog surgiu para trocar experiências, dar um ponto de vista diferente para que seja feita a auto-análise para mudar algo....descubra o que será mudado em você. Seja feliz. Sua felicidade depende somente de você!!! Não coloque a responsabilidade de sua felicidade em alguém que não possa te fazer feliz.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Meu namorado tem filhos...

Foto: Simone Cardoso (arquivo pessoal)

Primeiro, se ele tem filhos, o filho veio primeiro, certo? Então é natural que ele seja sua prioridade absoluta. Aliás, um amigo sempre me diz: "Prioridade é sempre uma! Não dá para sair por aí com duas, três, quatro prioridades...". O resultado é que não fazemos nada direito se tentamos agir dessa forma para acomodar tudo. Não dá! De repente, nós vamos ter de escolher um ou outro e, nessa situação, ganha sempre a família...

Logo, se você tem um(a) namorado(a) que tem filhos e decide colidir com as crianças, com críticas e implicações nem sempre construtivas, saia da relação o quanto antes! Se resolver ocupar o lugar da mãe, sendo que eles têm mãe, pior ainda. A fama de madrasta é reconhecida em todo o planeta. Uns dizem que a imagem é injusta e outros, nem tanto. Fato é que toda a mídia contribui para que assim seja. Por isso, toda vez que acontece algo entre filho e madrasta, o noticiário é triste! E, na contrapartida, o mais interessante é que quase não se ouve falar em padrastos. Estes já vêm com um certificado de garantia mais que aceitável...

Enfim, se você, de repente, se vê como a MADRASTA, pode continuar a ser quem é e manter-se feliz. Você não vai educar as crianças, não vai dizer para o pai o que está certo ou errado na forma como ele educa os pimpolhos, não interfira numa história que não é sua.

Agora, se você se torna MADRASTA e na sequência mãe de mais um filho desse mesmo pai — coisa comum hoje em dia —, terá de tomar todo o cuidado do mundo para não ser injusta com um ou outro — pai, filho, filhos herdados e você!

Imagine agora comigo: uma família normal com papai, mamãe, filhinhos, sogro e sogra já é difícil seguir sem problemas... Com filhos de um casamento anterior, mais complexo ainda. Mas nem por isso impossível.

O que eu acompanho e entendo como a raiz do problema é ainda o CIÚME DOENTIO pelo parceiro. Muitos ainda imaginam que, ao assumir uma relação com essa dinâmica, será colocado em um altar, em primeiro lugar, e o outro, bem, deixará tudo para depois, inclusive os filhos.

Será? Converse com quem tem filhos e veja a resposta que vai receber. Não conheço ninguém normal que tenha abandonado o filho para viver um romance apimentado com um parceiro... Qualquer pessoa, em sã consciência, compreende que um romance não pode substituir o prazer de estar com as crianças. A responsabilidade, o carinho, o compromisso etc. Ter filhos, afinal, é para sempre.

Agora, dá para encontrar um meio-termo? É bem provável, quando falamos de pessoas saudáveis que, além do(a) namorado(a), têm vida e brilho próprios. Pessoas que sabem negociar, recuar ou avançar na medida em que reconhecem e compreendem o terreno em que estão entrando.

Como colocado anteriormente, o problema não é o namorado(a), não são os filhos, o problema somos nós que insistimos em querer ser o centro das atenções. Não seremos. E, se isso acontecer, é provável que o ciúme aconteça do outro lado, o que dá no mesmo.

Então, se essa é sua escolha, entrar em uma relação com outro (a) que está separado (a) e que ama os filhos, pense, analise, veja se você dá ou não conta do recado.

Há pessoas que não têm estrutura emocional para lidar com essas questões, e talvez seja melhor nem entrar...

Como sempre, amar demanda decisão, escolha, respeito, renúncia, querer bem o outro, amá-lo e amar-se. Lembre-se sempre: quem ama não mata, não quer ver morrer o que temos de melhor — a vida, a liberdade, a leveza.

Pense nisso. Boa semana.

Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você — Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho para o Amor Pleno e Coisas do Amor.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Guia afetivo da periferia



O Guia Afetivo da Periferia, de Marcus Vinicius Faustini, no entanto, mais que mostrar um vivido Rio “periférico” revela um rio interior e portanto “central”: os sentidos do próprio autor e por essa janela aquilo que, pelo jeito só os alemães conseguiram reduzir a uma palavra: weltanschaaung (a “visão de mundo” na falta de outra palavra).

Mas é interessante como, através de sua visão extremamente pessoal, descobrimos um Rio de Janeiro (e posso dizer um Brasil) moderno, que foi sendo construído da década de 1980 para cá. Um Rio sem políticas públicas mas com sons, cheiros, ruídos, visões, sobrevivências, desfoques, encontros, tramas, conexões, enfim construcões de toda sorte à margem dos poucos programas públicos mas contendo aquilo que
Jane Jacobs considera essencial para a vida de qualquer cidade: a diversidade das pessoas com suas vontades.

Portanto, além de muito saborosa, é generosa a narrativa. Ela nos permite, ao olhar para o que fi(a)zemos, pensar sobre o que somos e quem sabe, nos ajudar a construir o que queremos. Algumas das bússolas deste século 21, vislumbradas neste Guia, já aparecem apontar alguns dos caminhos: A noção e a presença do
Território como foco prioritário das ações urgentes para o desenvolvimento sustentável – parece ser um deles.

Faustini nos entrega, como presente, uma caixa natalina contendo um kit com um jogo de lentes que aproximam/distanciam (cinema, talvez?), além de cartas para embaralhar num moderno Jogo da Memória onde o objetivo é juntar pares por oposição e não semelhança, acompanhado de uma Fita com uma Trilha Sonora de Sons e Sentidos. Mas, repare: olhando bem você vai notar que no fundo da caixa está escrito Tupperware.


SENSACIONAL. Se não leu, leia! Muito divertido.

"Faustini inaugura com Guia Afetivo da Periferia um novo gênero de literatura: a literatura memória do presente. Um conceito novo onde ele não mais representa suas lembranças de menino, mas atua no presente com uma viagem que se abre em infinitas possibilidades do percorrer, do transitar e do agir. Com a vantagem suplementar e deliciosa de ser extremamente bem escrito."

Heloisa Buarque de Hollanda

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